Manifestantes acusaram o presidente dos EUA de tomar partido de Israel.
Barack Obama visitou Cisjordânia por menos de cinco horas nesta quinta.
Cerca de 150 manifestantes gritaram frases antiamericanas e disseram que preferiam receber armas em vez de visitas presidenciais. "Queremos granadas de propulsão, não colaboração com a CIA", bradavam.
Obama pousou no terreno da sede governamental palestina em Ramallah, depois de adiantar que a intenção da visita era apenas ouvir os envolvidos, sem apresentar uma nova proposta para a retomada do processo de paz entre palestinos e israelenses.
A presença de Obama fez com que grande parte de Ramallah ficasse intransitável. Centenas de agentes fardados e à paisana patrulhavam as ruas para a visita, prevista para durar menos de cinco horas.
Autoridades palestinas disseram ter proposto que Obama se reunisse com a família de um palestino preso em Israel e que visitasse o túmulo do ex-presidente Yasser Arafat. Essas fontes disseram que a oferta foi rejeitada.
"Essa é uma decisão negativa do presidente norte-americano. Yasser Arafat é o líder do povo palestino, e algum dia o presidente norte-americano deveria visitar o túmulo", disse Batta Araar, moradora de uma aldeia próxima a Ramallah.
Na Faixa de Gaza, território controlado pelo grupo islâmico Hamas --rival da facção Fatah, que governa a Cisjordânia com apoio ocidental--, havia ainda mais indignação com a visita de Obama.
Guerrilheiros dispararam dois foguetes contra Israel no começo da manhã, causando danos leves, num sinal de que consideram que o mundo não deveria ignorá-los em eventuais discussões sobre a diplomacia regional.
Na Cidade de Gaza, dezenas de manifestantes pisotearam fotos de Obama, queimaram bandeiras dos EUA e gritaram exigindo o presidente "fora da Palestina".
Fonte : G1.Com
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